tag:blogger.com,1999:blog-2832565857239187072024-03-08T03:14:36.837-08:00Ivanir dos SantosIvanir dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/01639251613604907903noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-283256585723918707.post-67503376595651975442009-05-28T06:12:00.001-07:002009-05-28T06:13:57.295-07:00O verbo que habita em nós<span style="font-family:verdana;">O berço da humanidade irradiou-se, assim como os ensinamentos do Criador, perpetuaram-se. A prática do perdão, a solidariedade, o respeito ao próximo, a preservação da família, a louvação da vida e a profunda ligação com Ele, através da natureza, permanecem até os nossos dias. Esses princípios norteiam as mais diversas tradições religiosas nos cinco continentes. O princípio do amor e sabedoria do Criador é o mesmo em todas as crenças.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Antes de Moisés receber as Tábuas Sagradas - onde a Lei foi escrita - houve Abraão, patriarca de Isaac e Ismael. De sua descendência originaram três grandes povos: os judeus, os cristãos e os muçulmanos. Muito antes de Abraão, estiveram Noé e Adão. E como deveria ser, já havia o Verbo - codificado numa cultura oral, revelado pela ancestralidade - que expandiu-se para os cinco cantos da terra. Esta expansão fez com que a Palavra do Criador ganhasse novas cores, matizes, registros e práticas. </span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Tudo que é bom e justo emana de um único Deus, que hoje pode ter muitos nomes e cultos. Mas, seus princípios foram antes cultuados, praticados e perpetuados por um único povo: primordial e resistente, criado a Sua imagem e semelhança.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">São esses fatos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus (?), contra os religiosos do candomblé e da umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de paz, justiça, amor fraterno e sacralização da vida. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Babalawo Ivanir dos Santos</span><br /><span style="font-family:verdana;"> </span><br /><span style="font-family:verdana;">"No início era o verbo". No alvorecer dos tempos havia apenas um continente, um povo, uma única raça. Esta é a história de minha tradição religiosa. Foi com a força da palavra que Olorum (Deus) criou a luz, a natureza, o mundo e tudo que habita nele. O verbo - traduzido em oralidade - é o que sustenta e o que mantém as várias tradições religiosas oriundas da África.</span>Ivanir dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/01639251613604907903noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-283256585723918707.post-83283979864626876462009-05-27T13:00:00.000-07:002009-05-27T13:02:30.867-07:00Obama, Bric, a diversidade étnica e o Brasil<p style="font-family: trebuchet ms;">Desde que os negros se levantaram para lutar por direitos civis nos EUA, na década de 1940, a grande conquista dos afroamericanos foi a implantação das ações afirmativas, entre elas as cotas raciais nas universidades e escolas.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">A sociedade americana entendeu, há mais de meio século, que não era possível garantir espaços e igualdade para uma população historicamente tratada de forma desigual. A implementação desta política afirmativa para negros nos EUA levou algum tempo, mas floresceu. Barack Hussein Obama e Michelle Obama são o resultado concreto da luta por direitos civis liderada por Martin Luther King, Malcom X e Rosa Parker, numa sociedade em que os negros são menos de 14% da população.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">No Brasil, por sua vez, o número de descendentes de negros e indígenas é cerca de 48% da população, segundo o IBGE.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">Como um dos países que pode mudar a realidade mundial até 2050, o Brasil precisa avançar em direção à diversidade e à pluralidade. Os países emergentes que formam o Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – apostam nas cotas para populações excluídas.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">O governo indiano enviou ao Parlamento projeto de lei que dobra as vagas para minorias por cotas nas universidades federais, reservando quase metade a classes "tradicionalmente desfavorecidas".</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">A Rússia garante na Academia Médica Seshenov, em Moscou, vagas apenas para alunos brasileiros.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">A China, mesmo com 99% de suas universidades sendo pagas, aprovou neste ano a gratuidade para filhos dos camponeses.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">Das tentativas de reparação aos descendentes de escravos propostas na 1ª Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, promovida em 2001 pela ONU na África do Sul, promulgou-se o Tratado de Durban, de que o Brasil foi relator e que assegurou a implementação de ações afirmativas para negros e outros grupos socialmente frágeis.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">Delas, as cotas nas universidades brasileiras são as de maior resultado prático. Em todas as pesquisas feitas, os alunos cotistas aparecem com melhor média de rendimento.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">O governo brasileiro pactuou o Tratado de Durban para assegurar ações que garantam diversidade e igualdade de condições entre os historicamente desiguais, rumo à modernidade.</p> <p style="font-family: trebuchet ms;">Cotas para mulheres, portadores de deficiência, negros, indígenas e camadas populares são uma forma de equilibrar pluralidade cultural e étnica, e passos importantes para consolidar a democracia brasileira.</p><p style="font-family: trebuchet ms;">Ivanir dos Santos<br /></p>Ivanir dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/01639251613604907903noreply@blogger.com3